Nossos especialistas estão aqui para responder às dúvidas mais recorrentes acerca da Extração em Fase Sólida (SPE), abordando tópicos como as razões pelas quais os laboratórios utilizam o SPE, as etapas do processo de SPE, as vantagens dessa técnica e, finalmente, fornecendo uma demonstração de como a extração em fase sólida é realizada no laboratório usando corantes.
Por que Utilizar a Extração em Fase Sólida (SPE)?
Os laboratórios optam pela utilização do SPE por diversas razões; no entanto, as principais são as três listadas abaixo:
Limpeza de suas Amostras de Interesse: Amostras complexas frequentemente apresentam uma variedade de interferentes, como impurezas e compostos indesejados. A fase estacionária do SPE é meticulosamente projetada para interagir seletivamente com os analitos de interesse, enquanto as impurezas são lavadas e removidas do cartucho. Isso aprimora a seletividade e a sensibilidade das análises cromatográficas, reduzindo interferências que poderiam impactar os resultados da análise ou comprometer a vida útil da coluna.
Concentração dos Analitos: Outro motivo para a utilização do SPE é para concentrar os analitos de interesse, visando à obtenção de métodos com limites de detecção e/ou quantificação mais baixos. Em muitas análises, os analitos podem estar presentes em concentrações muito baixas na amostra, tornando necessário o desenvolvimento de métodos mais sensíveis. Além disso, concentrar a amostra pode possibilitar a maximização da vida útil de instrumentos mais antigos no laboratório.
Troca de Solventes: Técnicas analíticas podem exigir solventes específicos para obter uma melhor performance. A troca do solvente permite adaptar a amostra às condições ideais da técnica analítica escolhida. Por exemplo, ao lidar com uma amostra aquosa e almejar a injeção em um instrumento GC, é possível fazer uso do SPE para transitar do seu solvente original para um solvente orgânico volátil.
Quais são as etapas envolvidas no processo de Extração em Fase Sólida?
Geralmente, o procedimento clássico de SPE compreende cinco etapas, categorizadas como “captura e liberação”.
Condicionar e Equilibrar: Nessas duas primeiras etapas, o adsorvente é tratado com solventes específicos para preparar a superfície sólida, tornando-a receptiva ao analito de interesse.
Carregar a Amostra: A amostra, contendo os componentes a serem extraídos, é introduzida no cartucho, marcando a fase de “captura” do processo SPE.
Lavar: Após a captura dos analitos de interesse, compostos indesejados são removidos do adsorvente por meio de uma lavagem com solventes apropriados, eliminando interferentes.
Eluir: A etapa final representa a fase de “liberação” na SPE. Os componentes de interesse são eluídos do adsorvente usando um solvente adequado, permitindo a recuperação dos compostos desejados.
Quais são as vantagens da Extração em Fase Sólida?
A Extração em Fase Sólida (SPE) apresenta diversas vantagens que a destacam, quando comparada com outras técnicas.
Seletividade: Em contraste com a Extração Líquido-Líquido (LLE), que permite apenas a seleção de classes de compostos, a SPE oferece a capacidade de selecionar especificamente o analito de interesse. Esse diferencial permite uma extração altamente seletiva que resulta em amostras muito mais limpas.
Automatização: A capacidade de processar várias amostras em lote é uma das grandes vantagens do SPE. Seja utilizando uma placa de 96 poços ou cartuchos em um sistema de manifold a vácuo, é possível automatizar o fluxo de trabalho, aumentando a reprodutibilidade do método. Essa automação contrasta novamente com a LLE, que não proporciona essa vantagem.
Economia de Solventes: O SPE geralmente requer uma quantidade significativamente menor de solvente em comparação com a LLE, cerca de 3 a 4 vezes menos. Essa redução significativa no consumo de solvente não apenas contribui para práticas mais sustentáveis, mas também representa uma economia considerável de recursos.