O projeto começou com outros tipos de amostragem que eram muito trabalhosas. Uma das vantagens é que além do Mitra® ser volumétrico, coletar um volume definido, ele tem uma coleta mais rápida e prática. Nós usamos o Dispositivo de 30 microlitros, que se adequou melhor às nossas necessidades aqui. Como o método já está desenvolvido, validado, a ideia é que mais pra frente a ABCD adicione no escopo dela essa abordagem.
Havia uma dificuldade para realizar a análise dos meus alvos depositados na matiz de Celulose – papel filro – uma vez que eles ficavam muito aderidos, retidos, e isso dificultava a extração. Por isso, uma das alternativas foi usar uma matriz diferente da Celulose e a matriz Hidrofílica Polimérica do Mitra® teve um rendimento de extração maior se comparado ao material clássico da Celulose.
Pensando nos benefícios que a tecnologia do Mitra® oferece, vai ter vantagem também na parte clínica mesmo em um cenário diferente do nosso projeto, facilitando a coleta com o próprio paciente sendo responsável pela coleta.
E acredito que vale a pena mencionar, que uma das razões que a WADA tem insistido nessa abordagem para os laboratórios é que segundo a literatura a matriz seca tem a vantagem de ser mais estável. Falando especificamente dos alvos que eu trabalho, quando são depositados em uma matriz com ausência de umidade, eles são mais estáveis em relação à hidrólise pelas esterases plasmáticas. Diferente do sangue coletado pela veia, pelos métodos clássicos de transporte como é o sangue venoso, ou o próprio soro dependendo do tubo de coleta, ele requer um transporte cuidadoso e de cadeia fria, diferentemente do Mitra®.